sábado, 29 de setembro de 2012

Desabafos #3

(com este tamanho - e que desabafo!)

Há sempre um homem que nos tira do sério, certo? O meu é assistente de bordo, moreno, alto, giro, muitíssimo culto e namora.
Mas não namora desde sempre..

Conhecemo-nos há um ano e meio no casamento do meu primo G.
Eu estava com a Mãe à porta da capela quando alguém me toca nas costas (sem querer); Olho para trás e ele era alto, moreno, giro, e com uma pinta incrível (aquele fato e aqueles óculos Ray Ban caiam-lhe que nem luva!). Comentei logo com a I. que estava um rapaz cheio de pinta no casamento - mas eu não o conhecia.
Chegada a hora de nos dirigirmos ás respectivas mesas e o meu nome não estava na mesa em que estavam os Pais e o Mano. Dirijo-me à minha prima S. (a noiva) e pergunto-lhe onde raio me puseram. Ela diz-me que estou na mesa X, "com a R., o Z. a J., o F., o Z. - já os conheces". E conhecia sim, de outros carnavais, mas a mesa tinha mais três lugares além destes e essas três pessoas eu não conhecia: um era outro amigo deles, outro é irmão do F. e o outro era o J. (quem me tinha dado um toque, quando estava com a Mãe à porta da capela) - como é óbvio não me importei. Aliás, até agradeci ter ficado naquela mesa.
Sentei-me à mesa e ele sentou-se ao meu lado.
Durante o almoço, e cheia de vergonha, não disse quase nada. Mas no final do mesmo, já falava sem qualquer problema (ou vergonha) e fiquei toda a tarde com eles.
Não sei como nem porque (comecei a beber caipirinhas ao meio-dia, terá influência? :b), começamos a falar do trabalho dele e como era complicado ter/ manter uma relação na medida em que os horários dele são meio que imprevisíveis (ele teve que pôr férias para ir ao casamento dos meus primos) e a vida dele é tudo menos monótona.
Passamos a tarde nisto - conversar e beber caipirinhas.
Na hora de voltar outra vez para a mesa, já éramos quase os "melhores amigos" e começou a gerar-se um clima entre nós - coisas que não se explicam, sentem-se. Passamos o jantar a conversar.
Perto da hora de me ir embora - eu estava a trabalhar na semana académica da cidade onde estudo e o meu turno iria começar à  meia-noite -, tanto ele, como parte da mesa onde estávamos, começaram a dizer "Vamos sair para o sitio y, e tu vens conosco"; Eu dizia que não, que tinha de ir trabalhar, mas que eles podiam ir comigo e depois íamos sair (apesar de ficar tudo um pouco distante); Mas eles insistiam e "Nós arranjo-te uma desculpa para não ires trabalhar; Não vás, anda sair conosco". Até que eu entrei em contacto com o rapaz que estava a fazer o turno antes do meu e ele não se importou de fazer os dois, e eu lá fiquei com eles.
Entretanto os meus Pais foram-se embora e eles disseram que me deixavam em minha casa.
Quando chegou a hora de irmos nós embora, já ninguém tinha vontade de ir para mais lado nenhum, a não ser para casa, e o J. disse que ele próprio me levava a casa.
O J. não levou o carro dele para o casamento, foi com o irmão, a namorada deste e um amigo. Assim, fui com eles até casa dos pais do J. para ele pegar no carro dele e trazer-me a casa.
Apesar do clima que tinha nascido entre nós, não previa qualquer tipo de envolvimento (acho eu).
Depois de entrarmos no carro do amigo deles e estarmos a caminho de casa dos pais do J. e do M., o primeiro deu-me a mão - eu lembro-me que apesar de estar nervosa, pelo facto de estar de mão dada com ele, ele acalmava-me..
Tal como no caminho de casa dos pais dele, para minha casa, ele nunca me largou a mão.
Quando chegamos a minha casa, perguntei se queria subir. Ele subiu comigo e acabamos por nos beijar e estar juntos ainda um bocado (- lembro-me que quando se foi embora me pediu o me numero de telefone, achei super graça a forma como ele o fez).

(Já disse que nesse dia, foi a mim que calhou o bouquet da noiva?)

Entretanto aproximamo-nos; E quando me estava a apaixonar por ele, afastamo-nos. (ainda hoje estou para perceber porquê).

Quando nos voltamos a aproximar, voltamos a envolver-nos. Mas o feitio dele (um amor de pessoa, mas também das mais complicadas que eu conheço) em conjugação com o tempo que ele (não) tem disponível, torna tudo um pouco mais difícil e complicado.

Neste momento ele namora. Ela partilha a profissão dele, e isso deve ajudar. 

Apesar da nossa relação ter sido sempre meio estranha (não consigo contar tudo tim-tim-por-tim-tim, senão não saia daqui nos próximos três dias), ficou mais ainda quando eles começaram a namorar - quando ele me contou confesso que me caiu tudo, não estava à espera e disse-lhe isso. E disse que me ia afastar.
Ele disse que não queria de todo que eu fizesse isso, que preservava muito a nossa relação e que eu era uma pessoa com grande influência positiva na vida dele (seja lá o que for que isto quer dizer!).

Eu não gosto dele de outra maneira a não ser mesmo amizade, mas este homem tira-me do sério!
Mas todas nós temos alguém que nos tira do sério, certo?

Digam-me que também têm alguém que vos tira do sério e que este não é um problema só meu, por favor!

|R.

2 comentários:

  1. compreendo a tua situação, vivi algo do género no passado, acredita k não acontece apenas a ti essas situações, sao bastante tristes pois não decorrem como nós idealizamos, mas temos de pensar que tudo tem 1 razão de ser...

    Beijinhos

    Sónia,
    http://ladystudio.pt/blog/

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  2. Gostei da tua história, muito interessante. Há homens que me tiram do sério, apesar de nunca ter chegado a vias de facto. E acho sinceramente que isso acontece com todas nós <3

    http://chicmaria.blogspot.pt

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